O PMDB-RJ retirou o apoio a Dilma no ano passado, em represália à decisão do PT de lançar candidatura própria ao governo com o senador Lindbergh Farias. No início deste ano, Picciani passou a trabalhar intensamente por Aécio. "Vamos fazer talvez o maior ato público antes da campanha, com todos os partidos que apoiam Aécio no Rio de Janeiro. Estará presente um grande contingente de deputados federais e estaduais, prefeitos, ex-prefeitos e principalmente os candidatos dos mais diferentes partidos. Vamos dar a vitória ao Aécio aqui", promete Picciani.
O presidente peemedebista diz que tem maioria no diretório estadual para aprovar na convenção estadual o apoio a Aécio. Picciani tem evitado discutir a sucessão presidencial com Cabral e Pezão, que já manifestaram apoio a Dilma em diversas ocasiões. "Sempre deixamos claro que o PMDB não aceitaria palanque duplo para a presidente Dilma no Rio e tivemos apoio unânime do PMDB nacional. Se o PT decide romper a aliança conosco, não existe reciprocidade. Vamos aprovar o apoio a Aécio com ampla margem", diz Picciani.
Vitorioso na briga para garantir a candidatura própria do PT, com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Lindbergh enfrenta agora dificuldades para fechar alianças. Tem expectativa de receber apoio do PCdoB, depois que PSB anunciou apoio ao candidato do PROS a governador, deputado Miro Teixeira. O PDT, que também vinha negociando com Lindbergh, tende a ficar com Pezão. Embora tenha estimulado a candidatura do petista, Lula não participa da pré-campanha de Lindbergh, como faz com o candidato do PT ao governo de São Paulo, o ex-ministro Alexandre Padilha. Além de Lindbergh e Pezão, Dilma tem outros dois aliados na disputa pelo Palácio Guanabara: o ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o senador Marcelo Crivella (PRB).
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