O avanço das cooperativas de crédito
Em matérias publicadas recentemente,
a imprensa vem trazendo uma
realidade que já se desenhava há alguns anos: ao contrário dos chamados bancos
tradicionais, as cooperativas de crédito estão ampliando suas estruturas
físicas e assim alcançando as grandes instituições financeiras em número de
agências.
Por um levantamento feito pela
Folha de São Paulo, com dados do Banco Central e das cooperativas, o maior
sistema cooperativista do país, o Sicoob, tem no momento mais de 3.500 pontos
de atendimento presencial espalhados pelo país, atrás apenas do Banco do
Brasil, com cerca de 4.160. Os grandes bancos, segundo a reportagem, apostaram
na ampliação do atendimento digital e fecharam agências, movimento que já vinha
ocorrendo nos últimos anos, mas que foi acelerado pela pandemia de Covid-19.
A expansão do cooperativismo de
crédito reflete diretamente um dos maiores compromissos do setor, qual seja o
de apoiar as comunidades desprovidas de rede bancária, bem como demonstra o
próprio potencial do market share do
segmento. O Sicoob, como não poderia deixar de ser, também vem apostando
fortemente no campo digital, mas tem outros compromissos de base que devem ser
destacados.
Temos que ressaltar que, enquanto
os bancos tradicionais continuam programando suas bússolas de acordo com as
chances de lucros, o sistema cooperativo, como sempre, visa o ser humano, e vê
como oportunidade e investimento aquilo considerado como despesa pelos bancos. Tal
investimento na criação de novas agências se justifica também pelo aumento do
quadro social e o aumento direto das movimentações entre cooperativa e
cooperados, os donos do negócio. A proximidade física com o cliente faz parte
da estratégia de ação do cooperativismo, mas a humanização do tratamento faz
toda a diferença.
É fato: as agências tradicionais
não fincam bandeira onde não podem obter lucro. Neste sentido, as comunidades
podem contar com as cooperativas de crédito, que apostam na força dessas áreas
por intermédio de apoio a quem precisa investir em seu negócio, gerando
empregos diretos e indiretos, e fazendo com que o capital circule na mesma
região em que está operando. E muitas
parcerias, com instituições diversas, estão dando resultados mais do que
positivos, possibilitando a concretização de projetos em diversas áreas.
Para reforçar a importância das
cooperativas de crédito, já tivemos a chance de dizer que um estudo divulgado
pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e IBGE demonstrou que o
cooperativismo de crédito incrementa o PIB per capita dos municípios em cerca
de 5,6% e cria aproximadamente 6,2% mais vagas de trabalho formal. Além disso,
aumenta o número local de estabelecimentos comerciais em mais de 15%.
Em relação ao Sicoob Fluminense, com
23 anos recém completados, continuamos com pesquisas técnicas e estudos para
dar continuidade ao crescimento contínuo da primeira cooperativa de crédito de
livre admissão do Rio de Janeiro, com base em Campos dos Goytacazes e hoje com
16 agências e um centro de negócios espalhados pelo estado, e mais de 15 mil
associados.
A nossa intenção é a de seguir em
frente, sempre, conquistando terrenos com planejamento e trabalho, mas visando
primordialmente o ser humano.
Neilton Ribeiro da Silva
Diretor-Presidente do Sicoob
Fluminense
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