‘Cassino traz melhorias à região: gera empregos’, defende presidente da Loterj
'Governo do Rio de Janeiro é absolutamente a favor da
legalização do jogo', afirma Sergio Ricardo
Rio - O governo do Rio é a favor da legalização dos jogos de azar, como
bingos e cassinos, que está em discussão no Congresso. Em entrevista ao
DIA, o presidente da Loterj, Sergio Ricardo Martins de Almeida,
aponta que a região do Porto e cidades do interior como Búzios, Cabo Frio e
Angra dos Reis são potenciais candidatas a receber casas de jogo. Geração de
empregos, controle fiscal e aquecimento do turismo são argumentos para legalizar
a jogatina.
ODIA: O Congresso está em fase de discussão da proposta de legalização dos jogos de azar no país. Isso beneficiaria o Rio de alguma forma especial?
A legalização não pode acarretar problemas como lavagem de dinheiro e
formação de gangues?
Que cidades poderiam receber os cassinos?
A região do Porto do Rio, que está em fase de expansão, é muito interessante. Algumas cidades do interior têm características para isso. Petrópolis está no imaginário como lugar que pode ter um cassino. Búzios também, ou Cabo Frio, porque dá para chegar de barco. Cabo Frio tem aeroporto e hotelaria implementada. Angra é outro destino importante.
A quem a lei deveria atribuir a responsabilidade de definir a locaização dos cassinos?
Ao governo estadual, como um projeto macro, e depois as prefeituras, com suas legislações municipais.
Como a legalização poderá resolver os problemas do jogo do bicho?
Talvez seja a discussão mais delicada. Eu não tenho um modelo formado, mas o Congresso tem uma responsabilidade muito importante de discutir esse modelo.
Vocês estão tentando convencer a bancada religiosa, que provavelmente será contra a legalização?
Os Estados Unidos têm uma tradição evangélica importante. A Itália é um país católico e tem jogo. Acho que haverá uma conscientização natural da bancada religiosa quando começar a ser explicado o que o jogo legal pode trazer de retorno para a entidades sociais e geração de emprego em tantas áreas.
Como enfrentar o vício no jogo?
Segundo consta, só 2% dos que jogam se viciam. Não se compara ao vício da bebida, do cigarro e de sexo. Os cassinos têm que ter a responsabilidade social de reverter parte de seus ganhos em tratamento, contratando clínicas para que o viciado possa se tratar. Isso já acontece em vários países.
http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-11-11/cassino-traz-melhorias-a-regiao-gera-empregos-defende-presidente-da-loterj.html
ODIA: O Congresso está em fase de discussão da proposta de legalização dos jogos de azar no país. Isso beneficiaria o Rio de alguma forma especial?
SERGIO RICARDO: O Governo do Rio de Janeiro é absolutamente a favor
da legalização do jogo. O governador Luiz Fernando Pezão acredita que vai trazer
benefícios em todos os sentidos. Não temos dúvida de que um cassino consegue
manter o turista em uma cidade pelo menos mais um dia.
Acho que não. Hoje, com o jogo ilegal, é que ocorre lavagem de
dinheiro, porque não se recolhe nenhum tributo. É o caso do jogo do bicho, que
existe em qualquer lugar. Quando o cara usa seu cartão de crédito para jogar em
sites no exterior, o dinheiro vai para paraísos fiscais. Até países islâmicos
têm cassinos, como o Marrocos, onde funciona muito bem. Do G-20, só Brasil,
Indonésia e Arábia Saudita não legalizaram. O Brasil tem que escolher o seu
lado. Todo shopping, hotel ou cassino traz melhorias para a região, porque gera
empregos.
A região do Porto do Rio, que está em fase de expansão, é muito interessante. Algumas cidades do interior têm características para isso. Petrópolis está no imaginário como lugar que pode ter um cassino. Búzios também, ou Cabo Frio, porque dá para chegar de barco. Cabo Frio tem aeroporto e hotelaria implementada. Angra é outro destino importante.
A quem a lei deveria atribuir a responsabilidade de definir a locaização dos cassinos?
Ao governo estadual, como um projeto macro, e depois as prefeituras, com suas legislações municipais.
Como a legalização poderá resolver os problemas do jogo do bicho?
Talvez seja a discussão mais delicada. Eu não tenho um modelo formado, mas o Congresso tem uma responsabilidade muito importante de discutir esse modelo.
Vocês estão tentando convencer a bancada religiosa, que provavelmente será contra a legalização?
Os Estados Unidos têm uma tradição evangélica importante. A Itália é um país católico e tem jogo. Acho que haverá uma conscientização natural da bancada religiosa quando começar a ser explicado o que o jogo legal pode trazer de retorno para a entidades sociais e geração de emprego em tantas áreas.
Como enfrentar o vício no jogo?
Segundo consta, só 2% dos que jogam se viciam. Não se compara ao vício da bebida, do cigarro e de sexo. Os cassinos têm que ter a responsabilidade social de reverter parte de seus ganhos em tratamento, contratando clínicas para que o viciado possa se tratar. Isso já acontece em vários países.
http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2015-11-11/cassino-traz-melhorias-a-regiao-gera-empregos-defende-presidente-da-loterj.html
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