Acusado de conspirar contra Maduro, prefeito de Caracas é detido por agentes de Inteligência
CARACAS — Acusado há uma semana de supostamente ajudar uma tentativa de golpe militar para depor o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, um dos principais líderes da oposição venezuelana, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi detido nesta quinta-feira em seu gabinete. Segundo informações postadas nas redes sociais — incluindo uma mensagem do próprio Ledezma, poucos minutos antes da prisão —, cerca de 50 homens encapuzados, que seriam do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), invadiram o local por volta das 17h (horário local) e levaram o político.“Vários guardas do regime tentam invadir meu gabinete”, escreveu Ledezma no Twitter.
Mais cedo, o deputado Ángel Rodríguez, presidente do Parlamento Latino-Americano e membro do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) informou que iria à Procuradoria-Geral para denunciar Ledezma e María Corina Machado, outra líder da oposição, pela apresentação de um plano de transição na Venezuela diante da instabilidade política pela qual passa o país. O governo não se pronunciou, mas uma hora antes da detenção, Maduro deixou uma mensagem misteriosa no Twitter.
“Em breve estarei em reunião com o Conselho de Ministros e os sete Conselhos Presidenciais de Governo. Pendentes de orientações para a ação”.
Há uma semana, o governo da Venezuela lançou novas acusações de golpe militar para depor Maduro com ajuda de políticos da oposição e os EUA. De acordo com as acusações, além de Ledezma, o ex-comandante da aviação, o general reformado Maximiliano Hernández Vásquez; o coronel José Suárez Rómulo; e o empresário José Gustavo Arocha estariam envolvidos no suposto complô.
O deputado oposicionista Ismael García, que presenciou a ação, deu detalhes
— Funcionários encapuzados dispararam várias vezes e levaram Antonio aos empurrões — afirmou Mitzy, que conversou com repórteres do lado de fora da sede do Sebin.
por O Globo / Com Agências Internacionais
2015/02/19
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