2015/02/22

Ministério Público Federal apura doação da ditadura da Guiné Equatorial à Beija-Flor

Vice-presidente do país africano também é alvo de investigação. Ele é suspeito de crime de lavagem de dinheiro

RIO — A doação de R$ 10 milhões para a Beija-Flor, que teria sido feita pelo ditador Teodoro Obiang, presidente da Guiné Equatorial, está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF). As novas versões dão conta de que o dinheiro teria vindo de empreiteiras brasileiras ou de empresas do país africano. O vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, conhecido como Teodorín, de 45 anos, filho do presidente, também é alvo de investigação do Procurador da República Orlando Monteiro da Cunha desde 2013. Em procedimento criminal instaurado pelo MPF para apurar crime de lavagem de dinheiro por parte de Teodorín, foi possível identificar que o filho do ditador tem pelo menos oito veículos de luxo no Brasil, entre eles um Lamborghini Aventador, um Maserati e um Porsche Cayenne, totalizando cerca de R$ 30 milhões, além de imóveis de luxo no país.

— A suposta doação destinada à Beija-Flor será analisada dentro do contexto deste procedimento criminal iniciado em 2013, em colaboração com as Justiças dos Estados Unidos e da França. Descobrimos que Teodorín adquiriu bens imóveis e móveis de altíssimo valor em território nacional, o que sugere uma situação típica de lavagem de dinheiro no Brasil, ou seja, ocultação de bens provenientes de recursos ilícitos. A investigação encontra-se sob sigilo, pois estamos aguardando documentos oriundos de países que já confiscaram os bens dele, para poder pedir medidas judiciais mais severas — disse o procurador.

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