BRASÍLIA - O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, e o líder do DEM na Casa, Demóstenes Torres, apresentaram nesta terça-feira uma representação na Procuradoria-Geral da República pedindo abertura de inquérito policial para investigar a cúpula do PR e funcionários do Ministério dos Transportes. A ação, assinada também pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), pede ainda que os responsáveis respondam a ações de improbidade administrativa.
Reportagem publicada na revista "Veja" desta semana revelou que há indícios de cobrança de propina de 4% a 5 % para o fechamento de contratos com consultorias e empreiteiras no Ministério dos Transportes. De acordo com a revista, o dinheiro era encaminhado à cúpula do PR e repassado a parlamentares. A CGU vai analisar as licitações , os contratos e a execução de obras sob suspeita no Ministério dos Transportes.
O episódio resultou no afastamento , no último sábado, do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, do chefe de gabinete Mauro Barbosa da Silva, do assessor do gabinete Luís Tito Bonvini, e do diretor-presidente da empresa pública de ferrovias Valec, José Francisco das Neves. O ministro Alfredo Nascimento foi mantido no cargo. Ao dar o voto de confiança ao ministro, a presidente Dilma Rousseff exigiu que ele assumisse o compromisso de limpar os focos de corrupção na pasta. Após pressão da presidente e da oposição, Alfredo Nascimento se colocou à disposição para prestar esclarecimentos no Congresso sobre as denúncias.
A representação do PSDB e do DEM pede que sejam apuradas "as responsabilidades cíveis, administrativas e penais do deputado federal Valdemar Costa Neto, do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, do Diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot" e de outros envolvidos.
Além disso, segundo o documento, a reportagem de "Veja" mostra indícios de prática de peculato (apropriação de dinheiro público em razão do cargo), corrupção passiva, e formação de quadrilha e de fraude em licitações.
O Globo
Agência Brasil
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