"É seguro supor que uma parcela de produtos contaminados tenha saído da zona de contaminação", disse o porta-voz da OMS
O terremoto e o tsunami de 11 de março deixaram mais de 21 mil mortos ou desaparecidos e custará 250 milhões de dólares a uma economia já combalida, o que representa o desastre natural mais caro do mundo.
O chefe da agência atômica da ONU disse que a situação nuclear continua muito séria, mas que será resolvida.
"Não tenho dúvida de que esta crise será superada eficientemente", declarou Yukiya Amano, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em uma reunião do comitê de emergência.
"Vemos uma luz para sair desta crise", disse uma autoridade do governo japonês citando o primeiro-ministro Naoto Kan.
Mas as notícias de progresso na usina nuclear foram deixadas em segundo plano pela preocupação crescente de que partículas radioativas já liberadas na atmosfera tenham contaminado fontes de alimento e água.
"Está claro que a situação é séria", disse Peter Cordingley, porta-voz do escritório regional do Pacífico Oriental da OMS sediado em Manila, à Reuters em uma entrevista por telefone.
"É muito mais sério do que qualquer um pensava nos primeiros dias, quando achávamos que este tipo de problema pode estar limitado a 20 ou 30 quilômetros... é seguro supor que uma parcela de produtos contaminados tenha saído da zona de contaminação."
Ele disse entretanto não haver evidência de que alimentos contaminados oriundos de Fukushima tenham chegado a outros países.
Fukushima é o pior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl, mas há sinais de que seja bem menos grave do que a tragédia ucraniana.
"As poucas medidas de radiação relatadas nos alimentos até agora são muito mais baixas do que ao redor de Chernobyl em 1986, mas o quadro total ainda está emergindo", disse Malcolm Crick, secretário do Comitê Científico dos Efeitos da Radiação Atômica da ONU.
iG
Reuters 21/03/2011 15:13 - Atualizada às 15:17
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário