O repórter brasileiro Andrei Netto, correspondente do jornal “O Estado de S.Paulo”, na Líbia, foi libertado nesta quinta-feira (10), segundo o site do jornal.
André ficou preso durante oito dias depois de ser capturado por tropas leais ao ditador Muammar Gaddafi. O retorno do repórter ao Brasil está previsto para amanhã (11).
Ele está abrigado na casa do embaixador brasileiro em Trípoli, George Ney Fernandes, que negociou a libertação. Ele esteve preso por oito dias, após ter sido capturado por tropas leais ao ditador Muamar Gaddafi. Netto está bem de saúde e já falou com a família. A previsão é de que o jornalista deixe a Líbia nas próximas horas em direção a Paris, para então retornar ao Brasil.
Segundo o governo líbio, o jornalista supostamente não teria preenchido um documento corretamente e ao tentar regularizar sua situação para entrar no país, teria recebido uma coronhada. Quatro homens colocaram um capuz nele e, em seguida, ele foi detido em uma cela parecida com uma base militar.
Na quarta-feira, 2, o jornal perdeu contato direto com o jornalista no domingo, perdeu contato indireto. Informações indiretas foram repassadas ao jornal até o último domingo informando que Netto estava escondido perto de Zawiya e que a comunicação direta por telefone e e-mail havia sido cortada como medida de segurança.
"Perdas de contatos parciais já haviam acontecido, mas ele sempre voltava [a se comunicar] nos tranquilizando, porque as dificuldades de comunicação eram muito grandes", disse o diretor de conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, em entrevista coletiva na sede do jornal.
"Ainda no último contato, na quarta-feira (2), ele nos advertia: estarei nas próximas horas, próximos dias, sem internet, não se preocupem", acrescentou
"Ele encontra-se bem. Já se comunicou com a família. Foi libertado hoje", disse Gandour a respeito das atuais condições físicas do repórter.
Do UOL Notícias
* Em São Paulo
c/ed.
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