2010/12/13

Caldeirão familiar

Ingenuidades à parte, uma pergunta vem martelando a cabeça de muita gente, com diferentes respostas: o que exatamente estaria levando o ex-governador Anthony Garotinho a preterir o irmão, Nelson Nahin, atual prefeito de Campos dos Goytacazes, que substituiu a própria cunhada, a prefeita cassada Rosinha Garotinho, em favor do seu filho, o jovem e inexperiente Wladimir Matheus, para as eleições suplementares de fevereiro?
Com Nahin, haveria boa chance do PR sair vencedor, pelos períodos de experiência como vereador e presidente da Câmara e com o trato com o público, mas para o povo quem é Wladimir, a não ser filho de Garotinho e Rosinha? E, mais uma vez, como uma “simpatia política”, um médico na vice, o “velho de guerra” dr. Edson Batista, que há anos acompanha o casal. Como secretário municipal e vereador. Sem vôos mais altos. Aliás, se "Há algo no ar além dos aviões de carreira", pode ser que dessa vez as aeronaves se cruzem mais perigosamente.
Não deve passar de estratégia se posicionar de forma contrária ao pleito, determinado legalmente, e dizer que não sei quantos por cento da população é contra a eleição. O povo é sempre a favor de eleições, sempre, pois não se inventam eleições e sim as determinam quem de direito, e esta é a maneira mais direta, pura e autêntica do povo mostrar suas vontades, apesar de todos os vícios que insistem em burlar a lei. As decisões internas, efetivamente “internas”, do partido certamente já estão tomadas.
Campos é muito maior do que todas essas situações esdrúxulas de cunho eleitoral, e não prescinde de experiência, seriedade, competência, honestidade e planejamento para voltar a ser uma grande cidade, e não essa pérola estagnada sofrendo as ações do tempo. E por falar em tempo, só ele poderá nos dar respostas. Algumas delas rapidamente, pois trata-se de tempo determinado em lei; para outras, o exercício da paciência.

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