2024/10/22
Sicoob Fluminense amplia agenda de apoio a eventos
2024/10/20
Veja: Pesquisa inédita mostra distância entre discurso da esquerda e anseios do eleitor
Grupo político perde apoio na classe C, seu mais fiel eleitorado. Empunhando bandeiras do passado, Lula não tem ajudado a reverter a curva
Por Ricardo Ferraz, Ludmilla de Lima
Atualizado em 4 out 2024, 11h44 - Publicado em 4 out 2024, 06h00
2024/09/02
TCU aponta desperdício de bilhões de reais em programas sociais de Lula
Veja no Insta: Responsável há mais de dez anos por escrutinar as raízes do problema, o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu em uma nova auditoria que o governo não tem informações mínimas para medir sequer a necessidade de existência do Fies, que, entre 2010 e 2022, tem saldo devedor de mais de 110 bilhões de reais e amarga taxas de inadimplência acima dos 51%.
2024/06/19
"Me dá um dinheiro aí..."
GESTÃO PETISTA | O governo Lula (PT) editou uma medida provisória que beneficia a Âmbar, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista no setor de energia elétrica. A decisão socorre o caixa da Amazonas Energia e cobre pagamentos que a empresa deve fazer para termelétricas recém-compradas pela Âmbar da Eletrobras.
Os recursos necessários para a operação serão bancados pela conta de luz de todos os consumidores brasileiros por até 15 anos. Procurado, o Ministério de Minas e Energia diz que texto serve para dar sustentabilidade à distribuidora no Amazonas.
O repórter Daniel Weterman conta mais sobre essa história. Para ler a reportagem completa, acesso o #LinkDaBio (📹 Júlia Pereira/Estadão)
2024/06/14
Política econômica perigosa
A magnitude dos prejuízos que a MP de PIS/Cofins causaria às empresas, seu efeito imediato sobre preços, cotação do dólar e negócios na bolsa de valores, a forma açodada com que foi decretada, a reação ruidosa que causou, sua sobrevida efêmera e o fim excepcional que recebeu dão a dimensão da inépcia, se não da total falta de responsabilidade, de Lula e seu time no jogo econômico.
A rejeição da medida provisória pelo setor produtivo e pelo Legislativo colocou toda a agenda da economia na berlinda.A recente trapalhada da MP, com o ministro da Fazenda desgastado, contribui para reforçar as dúvidas, e, em decorrência, ao contrário do que o governo quer, está criada uma nova pressão para o Banco Central reduzir ou até estancar o corte da taxa de juro básica em sua reunião de 19 de junho.
No saldo do imbróglio, ficou para a gestão de Lula o alerta de que ele precisa urgentemente mudar a estratégia de jogo, tornar o meio-campo de negócios do Brasil mais seguro, adotar uma retranca nos gastos públicos e deixar o setor produtivo colocar a bola na rede.
Leia mais na reportagem de capa de #VEJA no link da bio e dos stories.
Por que o avanço do PIB no primeiro tri dificilmente irá se sustentar
Número foi obtido com gastos em excesso do governo e estímulos artificiais que devem cobrar um preço alto à frente
Por Juliana Elias
Atualizado em 7 jun 2024, 20h02 - Publicado em 7 jun 2024
Veja porque:
2024/04/14
Universidades e institutos federais marcam greve a partir de 15/04
Professores de diversas universidades e institutos federais aprovaram greve reivindicando reajuste salarial e equiparação dos benefícios dos servidores públicos federais àqueles concedidos ao legislativo e judiciário, ainda em 2024. Os servidores técnico-administrativos de pelo menos 30 institutos federais já estão em greve há um mês.
Até o momento, são pelo menos:
- 2 institutos federais e 1 universidade em greve;
- 7 universidades em estado de greve (podem entrar em greve a qualquer momento);
- 17 universidades e 2 institutos com greve marcada para 15/4;
- 3 deflagrações/indicativos de greve após 15/4;
- 5 indicativos/construções de greve aprovadas sem data de deflagração.
O País tem 69 universidades federais e 38 institutos federais.
As três instituições de ensino ligadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) que estão em greve são: o câmpus Rio Grande do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), o Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IF Sul de Minas) e a Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Confira a lista das demais universidades abaixo.
Os professores de instituições federais pedem que o reajuste salarial seja de 22%, dividido em 3 parcelas iguais de 7,06% em maio de 2024, 2025 e 2026. Já os servidores-técnico administrativos pedem por um reajuste maior, de 34%, também dividido em três parcelas em 2024, 2025 e 2026.
Segundo o sindicato da categoria, os porcentuais correspondem às perdas salariais desde o governo do ex-presidente Michel Temer, em 2016, até dezembro de 2023, acrescidas das projeções inflacionárias de 2024 e 2025.
A proposta do governo é de que não haja reajuste salarial em 2024, mas tem como contraproposta o aumento de benefícios e auxílios pagos aos funcionários públicos, sendo o principal deles o auxílio-alimentação com 52% de aumento, de R$ 658 para R$ 1.000.
Os valores do auxílio-creche e do auxílio-saúde seriam reajustados, conforme proposta do governo, em 51% para todos os servidores públicos federais ativos.
"Apenas o aumento do auxílio-alimentação resultaria em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos - que são os que ganham até R$ 9 mil mensais", afirma o Ministério de Gestão e Inovação.
O governo chegou a propor dois reajustes salariais de 4,5%, um em 2025 e outro em 2026, "que somados aos 9% já concedidos (no ano passado), representariam recomposição salarial de 19%, o que ficaria acima da inflação projetada para o período", segundo informou a pasta.
A oferta dos dois reajustes de 4,5% para os próximos anos foi rejeitada pelo sindicato, que quer a recomposição salarial ainda em 2024.
2024/03/23
2024/01/29
Forças ocultas
Lula adotou o negacionismo para reescrever a própria história
Por José Casado
Atualizado em 26 jan 2024, 11h25
- Publicado em 26 jan 2024, 06h00
Há quase meio século, Lula
reconta a própria história, com voz rouca e tom sentimental. Nos palanques,
lembra a superação da miséria rural do Nordeste e a ascensão à classe média
urbano-industrial do Sudeste, em caso exemplar da mobilidade social no Brasil.
Essa narrativa épica foi emoldurada no triunfo do improvável, em 2003, na cena
simbólica do metalúrgico emancipado no sindicalismo subindo a rampa do Palácio
do Planalto para receber a faixa presidencial.
Agora, ele começou a lapidar um
epílogo para a biografia na política. São poucos os políticos vivos com
capacidade similar de moldar e esculpir a própria imagem na autoindulgência.
Menos ainda são os que podem difundi-la para plateias adestradas no culto à
personalidade. Com a argúcia de humorista e o polimento de escritor, Millôr
Fernandes (1923-2012) o retratou em sete palavras: “O Lula é viciado em si
mesmo.”
Ele está começando o décimo ano na
presidência, no quinto governo do Partido dos Trabalhadores. Se quiser, poderá
disputar o quarto mandato em 2026, quando completa 81 anos de idade. Seria a
sua última chance nas urnas antes de virar nonagenário. Como o tempo é uma vaga
e ilusória convenção humana, Lula se mostra impaciente em reescrever um pedaço
da sua história recente, marcada por episódios de corrupção no governo e no Congresso.
Aparentemente, ele fez uma opção preferencial pelo papel de vítima de poderes
obscuros.
O recurso às fantasmagorias é um
clássico na política. Permeou a carta datada de 23 de agosto de 1954 atribuída
a Getúlio Vargas: “Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo
coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim…”. Vargas escolheu seguir
“o destino que me é imposto” e saiu da vida para atravessar a História.
No agosto de sete anos depois, o
Sobrenatural da Silva reapareceu em carta de Jânio Quadros: “Forças terríveis
levantam-se contra mim, e me intrigam ou infamam, até com a desculpa da
colaboração…”. Vangloriou-se: “A mim,
não falta a coragem da renúncia”. Foi-se e deixou o país num abismo político.
Lula apegou-se à bula das forças
ocultas. Usou-a em entrevistas no primeiro semestre de 2023 e repetiu semana
passada num comício em Ipojuca, Pernambuco. “A história ainda vai ser contada”,
disse num improviso, “porque vocês sabem que, muitas vezes, a história leva
anos, décadas e até séculos para a gente saber a verdade. Mas eu vou dizer uma
coisa como presidente da República deste país: tudo que aconteceu nesse país
foi uma mancomunação entre alguns juízes desse país, alguns procuradores desse
país, subordinados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que queria,
nunca aceitaram o Brasil ter uma empresa como a Petrobras.”
Por essa versão oficializada
(“como presidente da República deste país”), o Ministério Público e o
Judiciário do Brasil entraram em conluio com o governo dos Estados Unidos e,
deliberadamente, sabotaram interesses nacionais com três centenas de inquéritos
sobre corrupção na Petrobras — contados apenas os autorizados pelo Supremo, nos
quais consta uma centena de acordos de delação julgados válidos pelo falecido
Teori Zavascki, por Edson Fachin e Cármen Lúcia, entre outros juízes.
Nada teria acontecido, segundo
Lula, além de conspiração imperialista contra o país e sabotagem contra a
Petrobras. Não apresentou prova, nem explicou algumas coisas. Por exemplo, por
que controladores e executivos da
Odebrecht confessaram pagamentos de cerca de 1 bilhão de dólares em subornos a
presidentes e funcionários em uma dúzia de países latino-americanos, com
movimentação comprovada no Uruguai, na
Argentina, nos Estados Unidos, na Suíça, em Andorra, Angola, Nigéria e
Moçambique.
Esse valor não inclui o dinheiro
(150 milhões de dólares) distribuído pelo Departamento de Operações
Estruturadas da Odebrecht a políticos e partidos em campanhas eleitorais no
Brasil e no exterior. Deixa de fora,
também, a multa (2,6 bilhões de dólares) aplicada à empresa nos Estados Unidos,
no Brasil e na Suíça. E, ainda, desconta o pagamento da Petrobras a
investidores (3 bilhões de dólares) ao admitir a corrupção.
Lula tem um país para governar com problemas
estruturais que, na essência, são os mesmos de vinte anos atrás quando chegou
ao Planalto. No entanto, segue aprisionado no espelho do passado. Falsificar a
história pode ser ideia sedutora para quem é viciado em si mesmo, mas contém
riscos para quem supõe poder controlar tudo na aldeia global. No caso
Petrobras, por exemplo, o negacionismo interessado de vítimas de forças
fantasmagóricas é incompatível com alegações de empresas como Odebrecht de que,
simplesmente, foram extorquidas por políticos e funcionários corruptos.
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/forcas-ocultas/
Os textos dos colunistas não
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Publicado em VEJA de 26 de
janeiro de 2024, edição nº 2877