2014/10/15

TRE-RJ proíbe Universal de fazer campanha para Crivella em cultos e na TV

A juíza do TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) Daniela Assumpção de Souza proibiu a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus) de realizar cultos religiosos com pedidos de votos e promoção da imagem do candidato do PRB ao governo do Rio, Marcelo Crivellasobrinho de Edir Macedo, líder da Universal. As emissoras de televisão Record e CNT também estão proibidas de veicular "propaganda dissimulada" nos cultos da igreja.

A decisão foi motivada por um pedido da coligação "O Rio em 1º Lugar", do governador e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que apresentou vídeos do que seriam cultos transmitidos pela televisão em que pastores da igreja pedem votos para Crivella. "Os cultos eram realizados em grandes templos e com enorme concentração de público, constatando-se que todos os fiéis responderam em coro o nome do candidato", afirma a juíza em sua decisão.

A multa por descumprimento da decisão é de R$ 500 mil por dia. A IURD, a Record, a CNT e o senador podem responder por abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação e propaganda irregular em bem de uso comum, no caso, os templos religiosos.

Em nota, a Igreja Universal afirma que "orienta todos os seus bispos e pastores a zelarem pelo rigoroso cumprimento da legislação" e diz que irá recorrer da decisão "naquilo que extrapole os limites já estabelecidos pela própria Lei Eleitoral e pelas resoluções do Tribunal Superior Eleitoral". Procurado pelo UOL, o candidato Marcelo Crivella não se posicionou até a publicação desta reportagem.

Do UOL, no Rio

Um comentário:

Anônimo disse...

Pezão tem sido coerente com seu discurso. Apoia a Dilma desde o início e vai continuar apoiando, mesmo que uma parcela expressiva do seu partido apoie Aécio por motivos óbvios. Seria fácil ele apoiar o candidato do seu partido, mas ele foi leal à Dilma, mesmo quando Lindbergh surgiu candidato pelo PT. Essa história de que o Crivella fez um primeiro turno com uma chapa “puro-sangue” (sem nenhum apoio político) não faz sentido em termos de governabilidade. Se Pezão tem apoio de 18 partidos, significa que, sendo eleito, vai ter apoio político das bases para governar.