2014/09/27
Última pesquisa Datafolha para o Governo do Estado/RJ
RIO — Pela primeira vez na consulta feita pelo Instituto Datafolha para o governo do estado do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que concorre à reeleição, aparece isolado na liderança com 31% dos votos para o governo do estado. Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB) disputam o segundo lugar. O ex-governador caiu de 25% para 23%, e o ex-ministro da Pesca aparece com dois pontos percentuais a menos do que na pesquisa anterior, chegando a 17%. Como a margem de erro é de três pontos percentuais, Garotinho e Crivella estão tecnicamente empatados. No levantamento do último dia 10, Pezão e Garotinho apareciam empatados em primeiro lugar, ambos com 25%.
O senador Lindbergh Farias (PT) permaneceu em quarto lugar com os mesmos 12% do levantamento anterior. Tarcísio Motta (PSOL) está com 2%, e Dayse Oliveira (PSTU), com 1%. Ney Nunes (PCB) não pontuou. Votos brancos e nulos somam 9%, e indecisos, 5%.
— O crescimento de Pezão é resultado do grande tempo de propaganda eleitoral, do uso da máquina e de uma coligação com muitos partidos. É um governador em exercício, isso auxilia. Ele, obviamente, tem uma vitrine para se mostrar muito maior do que os outros candidatos. Ele precisava se tornar conhecido, e conseguiu — afirma Leonardo Jobim, cientista político da UFF.
Nas duas simulações de segundo turno, contra Pezão e Crivella, Garotinho perderia. No embate com o peemedebista, Pezão venceria com 54% dos votos contra 30% do deputado do PR. Já na disputa contra Crivella, o senador atinge 49% dos votos contra 30% de Garotinho.
O Datafolha também apontou a rejeição dos candidatos ao Palácio Guanabara. A maior continua sendo a de Garotinho, que oscilou três pontos para cima e chegou a 49%. Lindbergh é o segundo mais rejeitado: o petista teve 20% (antes tinha 25%). Pezão, que tinha 19%, passou a 16%, enquanto Crivella, candidato com menor índice de rejeição, foi de 20% para 14%.
— Garotinho não é o candidato mais atacado pelos adversários, mas é o que mais apresenta aumento na rejeição. O próprio crescimento de Pezão pode ser visto como um voto útil contra o Garotinho. Ser um ex-governador tem o lado bom de já ser conhecido. Porém, traz o questionamento sobre sua gestão. O eleitor, no decorrer da campanha, negou a gestão do ex-governador — diz Leonardo Jobim.
CANDIDATOS COMENTAM PESQUISA
Com oito pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado, Pezão comentou o resultado por meio de sua assessoria: “O candidato continua trabalhando para mostrar as conquistas do governo, procurando ampliá-las, e prefere deixar as análises para os especialistas”. Afirmou ainda que o objetivo do candidato é “continuar levando adiante suas propostas para conquistar ainda mais os eleitores”.
Estagnado em quarto lugar, Lindbergh disse acreditar em uma “segunda onda” para içá-lo ao segundo turno. O petista afirmou que a eleição fluminense tem a característica de virada às vésperas do pleito:
— Ainda tem mais de uma semana de eleição. Vou para a rua com todas as minhas energias, porque posso ser beneficiado por uma segunda onda de voto útil para tirar o Garotinho do segundo turno. Eu ainda acredito. Com 12%, a gente pode construir uma segunda onda. Dá tempo, as eleições do Rio têm essa característica de virada no final. Houve um fenômeno muito forte do voto útil para o Pezão passar o Garotinho. Isso desarmou agora, e eu posso navegar no caminho para uma segunda onda de voto útil.
O Datafolha entrevistou 1.405 eleitores em 33 municípios do estado, nos dias 25 e 26 de setembro. A pesquisa está registrada no TSE sob o protocolo 00782/2014.
http://oglobo.globo.com/brasil/datafolha-pezao-aumenta-vantagem-na-disputa-pelo-governo-do-rio-14061399
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