Em comunicado, a Petrobras atribuiu o novo prejuízo "em função, principalmente, do impairment" (reavaliação de ativos da companhia e de investimentos), no valor total de R$ 20,89 bilhões. Na prática, a estatal reconheceu que seus ativos valem menos e lançou isso nos seu balanços financeiros. Somente no 3º trimestre, a empresa lançou perdas de R$ 15,7 bilhões.
O destaque positivo ficou por conta da redução do endividamento. No final de 2016, a dívida líquida da Petrobras somou R$ 314,12 bilhões, o que representa uma queda de 20% ante os R$ 392 bilhões no final de 2015. Em dólares, o endividamento líquido recuou 4%, passando de US$ 100,4 bilhões para US$ 96,38 bilhões.
"A empresa ainda tem uma dívida importante e nosso trabalho precisa continuar para reduzirmos a nossa dívida a patamares razoáveis", disse Pedro Parente, presidente da empresa, em coletiva de imprensa após a divulgação do balanço. "Ainda é a maior dívida relevante de todas as companhias de óleo e gas do mundo. Se você pegar todos os estados da federação, excluindo São Paulo, a nossa dívida é maior. Nós não podemos descuidar dessa nossa dívida."
Com mais um resultado negativo, esse deve ser também o terceiro ano seguido em que a Petrobras não paga dividendos aos seus acionistas. “Com relação ao fato de que não vamos pagar dividendos, embora seja o desejo da empresa de faze-lo o mais rápido possível, não tivemos resultado positivo para tanto", disse Parente.
“Acho que a trajetória de fluxo de caixa positivo e constante permanece. Com relação ao resultado, a gente tem que esperar o decorrer do ano. A gente não faz previsão de resultado", complementou Ivan Monteiro, diretor financeiro da empresa.
Matéria completa em;
Nenhum comentário:
Postar um comentário